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Caixa Econômica Federal Planeja Ingressar no Mundo das Apostas Online e Explora Parceria Inovadora com Clubes de Futebol!

Segundo o site iGaming Brasil, a Caixa Econômica Federal está planejando ingressar no mercado de apostas esportivas online, conforme revelado pelo presidente-executivo do banco, Carlos Vieira.

Segundo Vieira, a Caixa está organizando sua entrada no universo das apostas por meio de uma parceria entre uma recém-criada empresa de loterias da instituição e um parceiro privado.

A instituição firmou uma parceria com a Ernst & Young Assessoria Empresarial Ltda para estruturar seu modelo de negócios. O contrato, divulgado no Diário Oficial da União, terá uma duração de 12 meses, iniciando em 27 de janeiro, com um custo total de R$ 2.150.000,00.

A contratação é respaldada pelo artigo 28, 3º, da Lei 13.303/2016, que dispensa licitação para empresas públicas e sociedades de economia mista.

A Ernst & Young será responsável por operar as apostas instantâneas, também conhecidas como raspadinhas, a partir deste ano. O próximo passo, previsto para 2025, será o lançamento das apostas online. Vieira destacou que já possuem uma estimativa de valuation para essa empresa em um período de um a um ano e meio. Apesar da parceria envolver um parceiro privado, o produto final será marcado pela presença da Caixa.

Até então, a Caixa detinha quase exclusivamente o mercado de loterias no Brasil, mas essa realidade tem mudado rapidamente nos últimos anos, com o expressivo crescimento do setor de apostas online.

De acordo com a consultoria global Comscore, o mercado de apostas online cresceu 281% de 2019 a 2023, contando com 42,5 milhões de usuários no país.

Mesmo sendo regulamentado recentemente pela Câmara dos Deputados, o mercado de apostas online já movimentou mais de R$ 100 bilhões no Brasil em 2023, segundo o agregador de apostas BNL.

Com um mercado tão lucrativo, as casas de apostas faturaram cerca de R$ 13 bilhões somente no ano passado, representando um aumento de 71% em relação a 2020. A entrada da Caixa nesse setor já competitivo indica um cenário desafiador pela frente.

Além disso, Vieira revelou que a Caixa assinou um acordo de confidencialidade com o Flamengo para discutir o financiamento do estádio do clube. A intenção é replicar com o Flamengo um modelo semelhante ao discutido com o Corinthians, onde a Caixa possui uma dívida de cerca de R$ 600 milhões referente ao financiamento da Neo Química Arena.

A proposta da Caixa envolve transformar as dívidas dos clubes em títulos negociáveis no mercado, lastreados pelos estádios. Isso permitiria que investidores, inclusive do varejo, adquirissem esses títulos como forma de investimento nos clubes.

Embora Vieira não tenha fornecido detalhes sobre as discussões com o Flamengo, mencionou que há interesses comuns em pauta. O acordo de confidencialidade representa um avanço nas negociações, indicando uma possível evolução no processo. Por isso, além do Flamengo, o São Paulo Futebol Clube também procurou a Caixa para tratar de um novo estádio, mesmo possuindo o Morumbi. Assim, o clube paulista poderia utilizar o estádio como garantia para suas dívidas bancárias, concentrando-as na Caixa.

 

Por Jefferson Cavalcante – Jornalista – DRT 3347/PB

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